terça-feira, 3 de novembro de 2015

Perca-se


Deixe-se perder em minhas palavras,
Deixe os pensamentos se esvaírem,
Para fora do teu ser,
Deixe que este instante,
Possa ter o que dizer.

Voz que não ouve,
Vou que se sente,
Voz que se perde,
Dentro de um corpo quente.

Perca-se,
Para esquecer,
Não se deixe encontrar,
Perca-se,
Para dar uma chance,
Ao prazer de amar.

Resplandeça comigo,
Ponha-se dentro de mim,
E eu em você,
Expulsos sem limitações

A dação de nós dois,
No olhar semi cerrado,
Desnecessário sentido,
Só sussurros e gemidos.

Inestimáveis ouvidos,
Pobres, iludidos,
Não podem consigo mesmos,
Deixado-nos desperseguidos.

Perdidos, renovados,
Tendo nos dado,
Esquecidos,
Dos pensados,
Com você eu acredito,
Já estarmos do outro lado.

By: Acir Guimarães!!!





quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Chegou ao Fim

Hoje eu me convenci,
Que você só me fez mal,
Pelo teu sempre ser,
A tal.

As tuas obrigações,
Ficaram pendentes,
Quando você partiu,
E as deixou camufladas.

Para regozijar em outras terras,
Que por aqui,
Os ventos não sopravam a teu favor,
Exclusivamente alforriavam,
Teus devaneios sem torpor.

Mas o Carnaval terminou,
E a fantasia foi despida,
Do teu corpo pouco inerte,
Que também era devida.

Insigne pedido,
A mim dirigido,
Muito atendido,
Com incontestável afeto,
Incompreendido.

Ingratidão recebida,
De questionar-lhe a situação,
Sentindo o peso de tua mão,
Numa singular conotação.

Atuar em teu favor,
Foi o motivo derradeiro,
Que a flor se fez espinho,
Em meu coração,
Tão traiçoeiro.

Hoje eu me convenci,
Que intervir além da medida,
Mesmo que por amor,
Talvez não seja,
Uma boa saída.

E o limiar do razoável,
Por demais  ultrapassado,
Algo,
Pediu-me eterno,
Por tudo que é mais sagrado,
Que doidivana fosse,
Mas aceitar ajuda-la,
Uma perversa dislexia.





By: Acir Guimarães





terça-feira, 6 de outubro de 2015

Meio Poema

Numa prática pergunta,
Será que não seria,
Menos nocivo,
Amar os enganos,
Que ao odiar,
Aceitamos,
Onde fugiram aos planos,
Dos corações tão sofridos,
Que depois de tudo,
Aconteçam,
Novamente ao acaso,
Ou cessem por fim.

by: Acir Guimarães

sábado, 3 de outubro de 2015

Amor Regado


Tenho regado,
O meu amor,
No qual muito tenho pensado,
Fazendo-o todos os dias,
Com a vida que se abrevia,
Que seja mais,
Um tanto a mim concedida.

Contudo a água,
Que o nutre,
Com sais minerais,
Não é dádiva divina,
É um suplício,
Que mareja todo meu ser,

Pouco de lágrimas tem,
Muito de coração,
Que não se sente na face,
Pois é na alma a vibração.

Faz-me mal essa represa,
Que não se deixa enxugar,
Inutilizando o lenço,
Que sempre propenso,
Não se pode ao corpo adentrar.

Desta forma, regado,
Uma autoflagelação,
Remete-me as saudades,
De uma vida de ilusão.

Hesitando-o em regar,
Graves consequências,
Seriam vistas,
Deixá-lo-ia morrer,
E passaria a acreditar,
Que nem só os regados,
Nos fazem sofrer.

Levar-se em consideração,
Do vivido anteriormente,
Dispendioso,
O parcial e unilateral.

Do tudo ao nada,
Até, quem sabe,
Fizesse sentido,
Que o melhor recado,
Não fosse o mesmo,
Regado.



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

QUANTO POUCO AMOR

Tantas vezes disse não,
Tantas sensações,
Tantas imprecisões,
Oriundas de um ínfimo ser,
Que no seu eu,
Tendencioso em julgar,
Não se contentou,
Apenas com isso,
E findou por condenar.
Não havia um quesito plausível,
Para selecionar,
Que lhe fosse mais aprazível,
Ou eficaz.
Aquela pessoa querida,
Que lhe quis além da medida,
Mas por ele,
Muito pouco atendida,
E nesta hora,
Tendo em vista, a falta que faz,
Fazendo pensar,
Será que valeu a pena,
Optar por outra,
Que julgou amar.
Se vendo perdido,
Á aguardar,
Neste breve caminho malfeito,
Previa um lindo futuro,
Que enfermo, agora está,
A enfermidade se faz mais voraz,
Dá-se aos delírios da psique,
Sabe que não vai suportar,
E ao pó apressando em voltar.
Este alguém que poderia,
Aqui, com você estar,
Nem pensou que um dia,
Fosse dez elitizar,
Não ser mais seletivo,
E aceitaria,
Bem que gostaria,
Reverter,
E no estado em que se encontra,
Para essa angústia,
Só Deus.
Por Deus não me dê o castigo,
Da dor dos mortais,
Eu ter que provar.
Prometo ser mais relevante,
Quando alguém a mim,
Debruçar,
Quero que estejas comigo,
E não mais serei como antes,
Se novamente se propuser,
Pra sempre seremos amantes.


By: Eu...


domingo, 6 de setembro de 2015

Não diga Não

Não Diga Não

Não diga não
Não me deixe sozinho
Sofro demais
Longe do seu carinho
Não diga não
Me faz sofrer
Chegue-se a mim
Assim, assim
Se disser não
Isso será meu fim
Coisas do amor
Que me fazem sofrer
Sofro demais
Só pensando em você
Olhe pra mim
Diga que sim
Eu lhe darei todo carinho
Não diga não
Não me deixe sozinho.


By: Nana Caimmy.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Amor Decadente

Acredito que vou começar,
Algo novo implantar,
Algo impossível,
Se com você,
Viesse a viver.

Dei esse algo ao vento,
Não tinha porque começar,
Uma vida juntos teríamos,
E daria por tudo acabado,
Pretexto de abdicar.

Não foi intento erguer,
Não podia entre nós se fazer,
Despendido será cada momento,
Que de tanto suado,
Acometendo um precioso pecado,
Dar-me-ei ao trabalho dobrado.

Porém,
Com você,
Tardaria a chegar,
Pedindo por favor,
A cada dia fadigado,
De aceitar esse amor.

Sem viver,
Sem sentir,
Contra o sentido,
Do sentimento alheio,
E do meu sentimento,
Imitante próprio,
Mas a favor.

Sem oportunidade,
De envaidecer-me,
Todavia com certo prestígio,
Da janela a todos que veem,
Mas se fosse o primeiro motivo,
O que ergue,
Desceria,
E ao concreto apogeu,
O faria sem dúvidas, eu,
E por você,
Eu o trocaria.                                  

  By :  Acir Guimarães  

01/09/2015



sábado, 29 de agosto de 2015

A Partida

Ao sair
Deixe a porta aberta,
Ou entre aberta,
Seja razoável,
Não bata,
Pois o barulho,
Que possa vir a ocorrer,
E que no fundo do teu íntimo,
Pretende,
Fará você também,
Ensurdecer.

Da minha boca,
Saíram as minhas delações,
Soando com ternura,
Aos teus ouvidos,
Que você fez questão,
De  desmerece-las.

Se em outro coração,
Optar,
Por favor,
Deixe-me a outro também,
Eu o fazer,
Acalentar.

Não tenho a menor culpa,
Da tua imprecisão,
Muito distante da paixão,
Onde,
Quem sabe,
Um pífio carinho,
Você compreenda,
Mas o amor,
Eu juro que não.

By: Acir Guimarães!!!!!!!!




segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Convicto Amor



Hoje tenho convicto,
Em minha condição de criatura,
Que o amor não deu-me a oportunidade,
De com alguém dividi-lo.

Que em emboras faça dedicar-lhe o tempo,
Ao próximo,
Ao que tenho amor,
Onde eu mesmo,
Já tenho esta confirmação.

O amor é pesar.
E o pesar deste sentimento,
É unicamente suficiente,
Para que deste nome,
O seja chamado.
O que é isso então?

Algo que sobra.
E que descreve-se em escrever,
Dação total, carinho, afeto, singeleza,
Erupção, urgência, ansiedade,
Proteção, cuidado, ciúme, companhia,
Cumplicidade, amizade, comunhão.

Cabe tudo,
Em uma palavra de quatro letras,
Que talvez seja muito,
Para tão pouco a incerteza,
De recebe-lo de volta.

Tem-se que receber de volta,
É uma troca, é claro,
Uma troca branca.

Ao menos que seja platônico,
Pois não há de assim plantar,
Para o abstrato colher, após.

Escrevo, desejo, posto, falo, CHEGA!!!!!!

Cadê a atividade e a dinâmica da coisa,
A estaticidade me "mata".
E trocar uma palavra de quatro letras,
Por outra de quatro,
Resume-se a zero.
E zero é a minha crença.
Zero é a falta de mera emoção,
Pois zero também é nada,
E nada somos nós dois,
E nada pra mim, é o amor.

By Acir Guimarães.  23/08/2015.










sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Se Você Quiser Voltar

Se você quiser voltar,
Volte,
Mas volte devagar,
Não seja crítico
Nem questionador,
Mas também não seja,
Assim,
Como sempre foi,
Uma Incógnita,
Que por sê-la,
Você me fez apaixonar,
E por uma brisa mais forte,
Me deixou ,
Imensamente solitário,
Procurando alguém,
Que me diga solidariamente,
Quem sou.

By Acir Guimarães




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Se Um Dia

Se Um Dia.

Se um dia eu me flagrar,
De amor a falar,
Do quão grande foi o nosso,
Corriqueiro e o mais especial.

Em que todos os dias,
O espelho foi fugaz,
E, por todo esse tempo,
Não te retratou,
Onde qualquer transparência,
Fazia-se você.

Se um dia com alguém eu me encontrar,
Será o dia do cometimento,
Da maior das injustiças,
Já feita a alguma namorada.

Serei eu o mais ardiloso,
Detentor de inverdades jamais ditas,
Do qual sairão as palavras,
Mais bonitas,
Referenciando-me apenas,
A você.

Se um dia,
Diante de ti, estiver,
Calar-me-ei e retirar-me-ei,
Pois foram incontáveis os momentos,
Em que eu falei,
E te amei sozinho.


 By Acir Guimarães 04 e 05/08/2015.







sábado, 1 de agosto de 2015

Renúncia de Aceitação



O amor trouxe-me a renúncia,
A renúncia de desprender-se,
Dos sentimentos convictos,
Que difere de ser para ser.

De coisas tive que despir-me,
Coisas que tinha em meu eu,
Coisas de opinião,
Que me faziam a razão.

Quem sabe sejam banais,
Da linha do pensamento,
Que só se faz com o tempo,
De poder, enriquecer.

O ciúme, por exemplo,
O nosso labutar,
Talvez por hora ou dia,
Deixo-te,
Por outros momentos.

Almoço de família,
Aniversário do amigo,
Um parente que vindo,
Ausente de nós mesmos.

Não pratique o hobby,
Vamos andar de bicicleta,
Gosto de ir ao parque,
De fim de semana, atleta.

 Você tem isso,
Acato de antemão,
Não posso ter você agora,
Do mais tarde, após.

Eu tenho aquilo,
Deixo de dispensar-te a hora,
A renúncia a recitar,
Tem você, também que aceitar.

Incontestáveis dissabores,
Esses causos da vida,
Mas se souberes driblar,
O amor tende a durar.

Então é o que te digo,
E o que a vida me diz,
A renúncia maldita,
Nada mais é que aceitar,
Uma renúncia de aceitação.




sábado, 25 de julho de 2015

A Falta

A incompreensão é tanta,
Que me chega  faltar inspiração,
Mesmo que sejam palavras bobas,
Saídas de um pobre coração.

Procurei que me entendesse,
Apenas me aceitasse,
Dignidade não acresce,
A um ser que desmerece.

Iludida, é a minha competência,
Para buscar inteligência,
Trago o dom alheio,
A estupidez,
Tornando a burrice,
Insensível outra vez.

Não me faltam apetrechos,
Que se diga, que é minha,
A falta despercebida,
Qual das duas, discernida.

No diálogo assassinado,
Chacinando letra a letra,
Errante a calar,
Os, porém foram inertes.

Doido e muito amador,
Se, em outra acreditei,
Desesperado, vejo a hora,
Que me falta à inspiração.

Quero o fármaco que me leve,
Em quem devo acreditar,
Se em meu leito consolável,
Na asserção irei sonhar.


Ass: Anônimo.



domingo, 19 de julho de 2015

Banho de Amor






Estávamos para o banho,
Desnudos,
Como a face.
A minha frente,
Você era só minha,
E eu,
Ao teu corpo colado.

O vidro do Box, embaçado,
No vapor da água quente,
Nos dois, intransparentes.

O chuveiro muito suado,
Meio encabulado,
A impressão que se tinha,
Era que a água retinha,
Água doce,
Que em nossos corpos caía.

Tentar represa-la,
Chuvisco coitado,
Estávamos embebidos,
Aceitar,
O que mais lhe cabia?

Atritos múltiplos,
Intermitente repetição,
De fatos inegáveis,
Inexistia pudor.

Os peitos rostiam,
De braços trocados,
O sabonete solitário,
Em terreno desconhecido,
Que despercebido passado.

Pisados,
Em nossos próprios pés,
Pensando em flutuar,
água descida,
Como único destino,
Ao ralo, rumar.

Éramos meninos,
Sem nada dever,
Banhávamos juntos,
O inusitado prazer.

Demorado foi,
E as  toalhas pálidas,
Por nós, depressa,
O vulto ocultar.

Por fim, decidimos,
O registro, fechar,
água estancada,
Para as toalhas beijar.

A mais nova, para você,
Era tua,
Reclamava da minha,
Que mesmo velha, queria.


No algodão egípcio,
Um bordado gravado,
Inicias do meu nome,
O teu sobrenome pedia.

Os nossos chinelos,
No tapete de banho,
Perguntavam-se incrédulos,
Se ainda serviam.

E ainda molhados,
E pouco secados,
Saímos grudados,
A nos preparar.

Desodorantes usados,
Por nós desprezados,
Que após o pecado,
Ao banho, voltar.

By Acir Guimarães.


18/07/15 e 19/07/15.