Estávamos
para o banho,
Desnudos,
Como a
face.
A
minha frente,
Você era
só minha,
E eu,
Ao teu
corpo colado.
O vidro
do Box, embaçado,
No
vapor da água quente,
Nos
dois, intransparentes.
O
chuveiro muito suado,
Meio encabulado,
A impressão
que se tinha,
Era que
a água retinha,
Água doce,
Que em
nossos corpos caía.
Tentar
represa-la,
Chuvisco
coitado,
Estávamos
embebidos,
Aceitar,
O que mais
lhe cabia?
Atritos
múltiplos,
Intermitente
repetição,
De fatos
inegáveis,
Inexistia
pudor.
Os peitos
rostiam,
De braços
trocados,
O sabonete
solitário,
Em terreno
desconhecido,
Que despercebido
passado.
Pisados,
Em nossos
próprios pés,
Pensando
em flutuar,
A água descida,
Como único
destino,
Ao ralo,
rumar.
Éramos meninos,
Sem nada
dever,
Banhávamos
juntos,
O inusitado
prazer.
Demorado
foi,
E as toalhas pálidas,
Por nós,
depressa,
O vulto ocultar.
Por
fim, decidimos,
O registro,
fechar,
A água estancada,
Para as
toalhas beijar.
A mais
nova, para você,
Era tua,
Reclamava
da minha,
Que mesmo
velha, queria.
No algodão
egípcio,
Um bordado
gravado,
Inicias
do meu nome,
O teu
sobrenome pedia.
Os nossos
chinelos,
No tapete
de banho,
Perguntavam-se
incrédulos,
Se ainda
serviam.
E ainda
molhados,
E pouco
secados,
Saímos
grudados,
A nos
preparar.
Desodorantes
usados,
Por nós
desprezados,
Que após
o pecado,
Ao
banho, voltar.
By Acir
Guimarães.
Uauuuuuu, deliciosamente sensual... surpreendeu-me!!! Adorei! Beijos...
ResponderExcluirErótico, bonito, suave! Gostei!
ResponderExcluirNooossaaaa, que banho é este. Adorei Beijos
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