As
violetas plantadas, no meu escritório. Umas dez ou doze.
Também
dividem o mesmo ambiente,
Um brinco de princesa,
Duas
pequenas arecas,
Um
pé de boldo, que chega ao teto, num vaso maior,
Uma
jiboia que ganhei,
Outras
folhagens também.
Que
não sabem quem, as dará a continuidade da natureza.
Uma
orquídea da estação passada, que agora só em uma folha,
Repousa
em cima da coluna dos guardados passados que vive trancada.
Só
ela mesma sabe o tempo de florir.
Se
não fossem os sessenta, não mais veria eu, para mim, ela sorrir.
Ou
quem sabe nem repararia que lá está.
Caso
o amor desse, ainda algo com ele quisesse, quiçá.
Sessenta
sentados, e sessenta sentidos.
O
ultra book ao lado da máquina de escrever do meu avô de 1940.
Quinze
anos a mais ela tem aguentado.
Desse
sessenta danado.
A
minha cadeira de rodinhas que trouxe do outro escritório, me leva
Pra
frente, para os lados, para traz, e me leva também a pensar, porque este ser
que a pesa, insiste em brincar com o alfabeto inteiro.
Pois
tem tantas folhagens,
seria
um bom jardineiro!
Muitos
papéis sobre as duas mesas.
Lápis,
canetas, retratos. Outras coisas que também quis ter. Além da bomboniére de
vidro, com balas de iogurte e de leite, que só tem um alguém,
Para
fazê-las sentir o motivo, de estarem ali.
Mas
o mais interessante é que, quem descreve isso,
Ferindo o papel por inteiro,
com
uma caneta, tipo tinteiro,
também tem as mãos,
um
copo de whisky, ou uma taça de vinho,
ao
lado de um belo cinzeiro.