Ao último dia do mês
Escrevo a todos vocês,
Embora os percalços nos assolem,
Começará tudo outra vez.
Vendo a omissão,
Do egrégio alto clero,
Depois de eleito, iludido.
Aqui nada mais quero.
A nossa bela bandeira,
Ao hasteá-la se há de negar.
Pois em furta cor está agora,
E a imagem do cruzeiro se entristece.
Mas eu, na intenção de um poeta,
Sério e meio sisudo,
Por não saber como lidar,
Faço das palavras escudo.
Ainda me sinto contente,
Que a inspiração do chuveiro,
Onde alguém há de apreciar,
Já me consumiu por inteiro,
Nesta incerta nação,
Um poeta sem eira e nem beira,
Se deste ofício teimar,
Mal há de se sustentar.
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