sábado, 29 de agosto de 2015

A Partida

Ao sair
Deixe a porta aberta,
Ou entre aberta,
Seja razoável,
Não bata,
Pois o barulho,
Que possa vir a ocorrer,
E que no fundo do teu íntimo,
Pretende,
Fará você também,
Ensurdecer.

Da minha boca,
Saíram as minhas delações,
Soando com ternura,
Aos teus ouvidos,
Que você fez questão,
De  desmerece-las.

Se em outro coração,
Optar,
Por favor,
Deixe-me a outro também,
Eu o fazer,
Acalentar.

Não tenho a menor culpa,
Da tua imprecisão,
Muito distante da paixão,
Onde,
Quem sabe,
Um pífio carinho,
Você compreenda,
Mas o amor,
Eu juro que não.

By: Acir Guimarães!!!!!!!!




segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Convicto Amor



Hoje tenho convicto,
Em minha condição de criatura,
Que o amor não deu-me a oportunidade,
De com alguém dividi-lo.

Que em emboras faça dedicar-lhe o tempo,
Ao próximo,
Ao que tenho amor,
Onde eu mesmo,
Já tenho esta confirmação.

O amor é pesar.
E o pesar deste sentimento,
É unicamente suficiente,
Para que deste nome,
O seja chamado.
O que é isso então?

Algo que sobra.
E que descreve-se em escrever,
Dação total, carinho, afeto, singeleza,
Erupção, urgência, ansiedade,
Proteção, cuidado, ciúme, companhia,
Cumplicidade, amizade, comunhão.

Cabe tudo,
Em uma palavra de quatro letras,
Que talvez seja muito,
Para tão pouco a incerteza,
De recebe-lo de volta.

Tem-se que receber de volta,
É uma troca, é claro,
Uma troca branca.

Ao menos que seja platônico,
Pois não há de assim plantar,
Para o abstrato colher, após.

Escrevo, desejo, posto, falo, CHEGA!!!!!!

Cadê a atividade e a dinâmica da coisa,
A estaticidade me "mata".
E trocar uma palavra de quatro letras,
Por outra de quatro,
Resume-se a zero.
E zero é a minha crença.
Zero é a falta de mera emoção,
Pois zero também é nada,
E nada somos nós dois,
E nada pra mim, é o amor.

By Acir Guimarães.  23/08/2015.










sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Se Você Quiser Voltar

Se você quiser voltar,
Volte,
Mas volte devagar,
Não seja crítico
Nem questionador,
Mas também não seja,
Assim,
Como sempre foi,
Uma Incógnita,
Que por sê-la,
Você me fez apaixonar,
E por uma brisa mais forte,
Me deixou ,
Imensamente solitário,
Procurando alguém,
Que me diga solidariamente,
Quem sou.

By Acir Guimarães




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Se Um Dia

Se Um Dia.

Se um dia eu me flagrar,
De amor a falar,
Do quão grande foi o nosso,
Corriqueiro e o mais especial.

Em que todos os dias,
O espelho foi fugaz,
E, por todo esse tempo,
Não te retratou,
Onde qualquer transparência,
Fazia-se você.

Se um dia com alguém eu me encontrar,
Será o dia do cometimento,
Da maior das injustiças,
Já feita a alguma namorada.

Serei eu o mais ardiloso,
Detentor de inverdades jamais ditas,
Do qual sairão as palavras,
Mais bonitas,
Referenciando-me apenas,
A você.

Se um dia,
Diante de ti, estiver,
Calar-me-ei e retirar-me-ei,
Pois foram incontáveis os momentos,
Em que eu falei,
E te amei sozinho.


 By Acir Guimarães 04 e 05/08/2015.







sábado, 1 de agosto de 2015

Renúncia de Aceitação



O amor trouxe-me a renúncia,
A renúncia de desprender-se,
Dos sentimentos convictos,
Que difere de ser para ser.

De coisas tive que despir-me,
Coisas que tinha em meu eu,
Coisas de opinião,
Que me faziam a razão.

Quem sabe sejam banais,
Da linha do pensamento,
Que só se faz com o tempo,
De poder, enriquecer.

O ciúme, por exemplo,
O nosso labutar,
Talvez por hora ou dia,
Deixo-te,
Por outros momentos.

Almoço de família,
Aniversário do amigo,
Um parente que vindo,
Ausente de nós mesmos.

Não pratique o hobby,
Vamos andar de bicicleta,
Gosto de ir ao parque,
De fim de semana, atleta.

 Você tem isso,
Acato de antemão,
Não posso ter você agora,
Do mais tarde, após.

Eu tenho aquilo,
Deixo de dispensar-te a hora,
A renúncia a recitar,
Tem você, também que aceitar.

Incontestáveis dissabores,
Esses causos da vida,
Mas se souberes driblar,
O amor tende a durar.

Então é o que te digo,
E o que a vida me diz,
A renúncia maldita,
Nada mais é que aceitar,
Uma renúncia de aceitação.