sábado, 1 de agosto de 2015

Renúncia de Aceitação



O amor trouxe-me a renúncia,
A renúncia de desprender-se,
Dos sentimentos convictos,
Que difere de ser para ser.

De coisas tive que despir-me,
Coisas que tinha em meu eu,
Coisas de opinião,
Que me faziam a razão.

Quem sabe sejam banais,
Da linha do pensamento,
Que só se faz com o tempo,
De poder, enriquecer.

O ciúme, por exemplo,
O nosso labutar,
Talvez por hora ou dia,
Deixo-te,
Por outros momentos.

Almoço de família,
Aniversário do amigo,
Um parente que vindo,
Ausente de nós mesmos.

Não pratique o hobby,
Vamos andar de bicicleta,
Gosto de ir ao parque,
De fim de semana, atleta.

 Você tem isso,
Acato de antemão,
Não posso ter você agora,
Do mais tarde, após.

Eu tenho aquilo,
Deixo de dispensar-te a hora,
A renúncia a recitar,
Tem você, também que aceitar.

Incontestáveis dissabores,
Esses causos da vida,
Mas se souberes driblar,
O amor tende a durar.

Então é o que te digo,
E o que a vida me diz,
A renúncia maldita,
Nada mais é que aceitar,
Uma renúncia de aceitação.




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