segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Convicto Amor



Hoje tenho convicto,
Em minha condição de criatura,
Que o amor não deu-me a oportunidade,
De com alguém dividi-lo.

Que em emboras faça dedicar-lhe o tempo,
Ao próximo,
Ao que tenho amor,
Onde eu mesmo,
Já tenho esta confirmação.

O amor é pesar.
E o pesar deste sentimento,
É unicamente suficiente,
Para que deste nome,
O seja chamado.
O que é isso então?

Algo que sobra.
E que descreve-se em escrever,
Dação total, carinho, afeto, singeleza,
Erupção, urgência, ansiedade,
Proteção, cuidado, ciúme, companhia,
Cumplicidade, amizade, comunhão.

Cabe tudo,
Em uma palavra de quatro letras,
Que talvez seja muito,
Para tão pouco a incerteza,
De recebe-lo de volta.

Tem-se que receber de volta,
É uma troca, é claro,
Uma troca branca.

Ao menos que seja platônico,
Pois não há de assim plantar,
Para o abstrato colher, após.

Escrevo, desejo, posto, falo, CHEGA!!!!!!

Cadê a atividade e a dinâmica da coisa,
A estaticidade me "mata".
E trocar uma palavra de quatro letras,
Por outra de quatro,
Resume-se a zero.
E zero é a minha crença.
Zero é a falta de mera emoção,
Pois zero também é nada,
E nada somos nós dois,
E nada pra mim, é o amor.

By Acir Guimarães.  23/08/2015.










Um comentário:

  1. ...o amor, a mim, muitas vezes se assemelha ao fruto Romã...não só nas letras com que se escreve, mas na cor, e nas diversas sementes que o compõe!!! Cada amor, nada mais é que uma dessas sementes: a nos deliciar!!! Acredite no amor!!! Beijos...

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